Entendemos que amar é, acima de tudo, atender o outro.
- Durante muito tempo nos sentimos bem por estabelecer este tipo de relação. É assim que entendemos o amor.
- Não nos preocupamos (no princípio) que os demais não nos atendam de modo igual. Basta saber que nosso companheiro se sente amado e que é feliz. É assim que nos sentimos bem.
- Fazemos o que for para que aqueles que nos rodeiam não se aborreçam, não se incomodem. Lutamos pelo equilíbrio alheio nos esquecendo do nosso.
No entanto, pouco a pouco percebemos que os demais percebem cada esforço e cada renúncia feita como “algo normal”, até o ponto de se tornarem tirânicos e exigentes.
Se isto é o que você está experimentando no momento, confira a seguir alguns fatores que precisam mudar:
Entenda que amor não é sacrifício: amor é DAR e RECEBER
Muitos de nós fomos educados com ideia de que no amor é preciso renunciar a certas coisas para garantir a relação. Se você ama alguém, “tem que silenciar” muitas coisas.
Também nos fizeram acreditar que temos que dizer “sim” quando o que pensamos é “não”.
Que amar é, acima de tudo, priorizar o outro antes de nós mesmos.
Se você também tem em mente estes esquemas de pensamento, comece a derrubá-los para hospedar outros novos:
- Amar não é renunciar. Se você renuncia, se converte em um suplente de si mesmo.
- Uma relação afetiva deve ser madura e consciente. Ambos os membros devem dar, não existe dúvida, mas é igualmente importante receber.
- Trata-se de formar uma equipe, de harmonizar forças, interesses e necessidades.
- No Complexo de Wendy sempre existe um que oferece e um que recebe. Um que ganha e outro que, pouco a pouco, perde.
- No entanto, o real problema está no fato da outra pessoa não perceber isso. No início das relações um se sente feliz cuidando, preocupando-se, olhando cada detalhe para oferecer o máximo de bem-estar.
- No entanto, com os meses ou anos, notamos que algo está errado. No final, tudo o que fazemos é dado como certo, não é apreciado, e mais é exigido.
Não temos que cair nestes labirintos tão complicados e infelizes.
Ideias para olhar as relações afetivas de outro modo:
Primeiro e essencial conselho: nunca deixe de ser você mesmo, por mais que ame a outra pessoa. Do contrário, cedo ou tarde aparecerá a frustração, o mal-estar, a infelicidade.
Cuide, proteja, concorde, presenteie, renuncie…
Agora, seu parceiro também deve cuidar de você, concordar, presentear e fazer alguma renúncia por você.
No entanto, e pontuamos: faça renúncias sempre que sejam pelo bem comum.
- Não peça perdão por algo que não é responsabilidade sua.
- O maior medo das pessoas com Complexo de Wendy é de serem abandonadas. Para evitar que isso ocorra, podem fazer qualquer coisa (nunca chegue neste extremo).
- É necessário aprender a ser feliz na solidão. Desfrutar de nós mesmos até o ponto de saber que caso fiquemos sem alguém, o mundo não irá terminar.
- Aprenda, por outro lado, a corrigir seus padrões de pensamento, especialmente aqueles que trazem sofrimento. Deste modo você criará novas emoções e será mais forte.
- Quebre ideias como “se eu cuidar melhor ele me amará mais”, “é melhor renunciar a isso e assim ele se dará conta de como eu amo”.
- Deixe de projetar todas as suas esperanças, desejos e energias na outra pessoa. Reparta e faça-o com equivalência. Você merece meu amor e eu também mereço seu respeito.
Lembre-se: no amor merecemos dignidade.
Não aceite menos: aprenda a receber e lute por sua integridade pessoal
Do Site: http://www.psicologiasdobrasil.com.br/